Transtorno do Espectro Autista (TEA)

É um transtorno do neurodesenvolvimento. A causa exata ainda não é conhecida, mas todos os estudos apontam para causas multifatoriais, como genética, má formação cerebral, fatores ambientais, entre outros.

É chamado de Espectro Autista porque cada pessoa autista apresenta uma ampla variedade de sinais e sintomas, com diferentes níveis de gravidade. Entretanto, em todos os casos, há dois impactos presentes, que formam a chamada díade do autismo: comunicação social e comportamento repetitivo ou restrito. A estereotipia é um comportamento repetitivo e pode manifestar-se como por exemplo: bater os pés, balançar o corpo, girar objetos, emitir sons repetitivos, entre outros; são movimentos autorregulatórios feitos para buscar sensação de bem-estar ou ainda para aliviar o estresse. 

 Os sintomas podem demorar a aparecer ou podem ser notados nos primeiros meses de vida, alguns podem ficar mais evidentes quando a criança começar a exercer suas habilidades sociais. Geralmente o diagnóstico é estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. 

 A importância do diagnóstico o mais precoce possível e encaminhamento para intervenções comportamentais e apoio educacional pode levar a melhores resultados a longo prazo, considerando a neuroplasticidade cerebral.

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), uma agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, em seu mais recente relatório, publicado em 2 de dezembro de 2021,  mostra que 1 em cada 44 crianças aos 8 anos de idade, em 11 estados norte-americanos, é diagnosticada autista. No Brasil usamos por enquanto esses dados. Com a realização do censo em 2022 poderemos ter mais dados já que foram incluídas perguntas sobre o autismo.

Autismo adulto

O autismo em adultos pode parecer improvável, mas é bastante possível que as pessoas cheguem à fase adulta e não saibam que convivem há anos com o TEA (Transtorno do Espectro Autista). Isso se deve ao fato de esses indivíduos não manifestarem características moderadas ou severas do distúrbio.

O autismo adulto pode ser identificado também em situações onde o homem ou a mulher demonstra determinadas características comportamentais. Vejam quais são elas:

– Dificuldade em entender discursos;

– Entender contextos, situações afetivas e emocionais que envolvam comunicação olho no olho, gestos, olhares;

– Pouca compreensão para entender o uso de algumas palavras em duplo sentido;

– Hiperfoco em ferramentas, instrumentos, mecanismos tecnológicos e coisas materiais;

Outras situações em que as pessoas podem conviver com o autismo e não sabem:

– Quando o indivíduo é extremamente ingênuo;

– Quando não desconfiam de determinados sinais sociais;

– Quando possuem linguagem direta;

– Não sabem falar de maneira mais delicada e utilizam linguagem direta;

– Quando tem certa obsessão por seguir regras, rotinas, detalhes sequenciais de tarefas;

– Irritam-se facilmente quando as coisas saem da rotina.

Diagnóstico

Os profissionais que estão mais preparados para realizar esse diagnóstico são psiquiatras, neurologistas e psicólogos com especialidade em autismo.

Referências:

https://institutoneurosaber.com.br/autismo-na-vida-adulta-o-que-e-preciso-saber

https://progene.ib.usp.br/

Publicado por Ana Fernandes

Sou Psicóloga, com experiência prática com mais de 20 anos em psicoterapia, atendendo os mais diferentes tipos de pessoas e encarando os mais variados problemas.

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